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Pesquisadores desenvolvem material de impressão antimicrobiano 3-D

Ao testar as propriedades antimicrobianas do novo polímero de impressão 3-D (à direita), os pesquisadores descobriram que ele matou mais de 99 por cento das bactérias. (Imagens da esquerda para a direita: Robert Kneschke/Shutterstock; Yijin Ren/Universidade de Groningen)

ter. 22 dezembro 2015

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GRONINGEN, Países Baixos: Cientistas da Universidade de Groningen criaram um novo tipo de polímero de impressão 3-D capaz de matar 99 por cento das bactérias orais prejudiciais ao contato. Embora mais pesquisas sejam necessárias antes que o material possa ser usado na prática médica, os resultados obtidos até agora são promissores para uma infinidade de aplicações futuras.

No processo de desenvolvimento, os pesquisadores inseriram sais antimicrobianos quaternários de amônia em polímeros dentários de resina que são utilizados para próteses. Os sais carregados positivamente quebraram as membranas das bactérias negativamente carregadas, causando sua ruptura e morte, explicaram os pesquisadores. O novo polímero foi então colocado em uma impressora 3-D, endurecido com luz ultravioleta e utilizado para imprimir uma gama de objetos odontológicos, incluindo prótese dentária e aparelhos ortodônticos.

Ao testar as propriedades antimicrobianas do material cobrindo os objetos com uma mistura de saliva e Streptococcus mutans e deixando-os por um período de seis dias, os pesquisadores descobriram que o novo material matou mais de 99 por cento das bactérias em comparação com menos de 1 por cento da amostra controle sem os sais adicionados.

Segundo o Prof. Andreas Herrmann, presidente do conselho do Zernike Institute for Advanced Materials da universidade, o material pode matar bactérias por contato, mas não é prejudicial às células humanas.

Embora testes mais aprofundados sobre a força e a compatibilidade do novo material sejam necessários antes que a tecnologia possa ser implantada para os pacientes, Herrmann vê grande potencial de aplicação clínica num futuro próximo.

Uma vez considerado seguro, o material poderia ser de uso não só para o combate a problemas de deterioração bacteriana no implante e odontologia protética, mas também para uma ampla gama de aplicações não-dentárias, incluindo brinquedos infantis, embalagens de alimentos e purificação da água.

Os resultados da pesquisa foram publicados no dia 9 de Outubro na revista Advanced Functional Materials em um artigo intitulado "Compostos antimicrobianos de resina para impressão 3D".

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