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Pesquisadores desenvolvem material que poderia imitar esmalte dentário

Uma imagem em close up do material semelhante ao esmalte. (Foto: Alvaro Mata)

seg. 16 julho 2018

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LONDRES, Reino Unido: Diferente de muitos outyros tecidos do corpo humano, o esmalte dentário não se regenera uma vez danificado. No que potencialmente poderia ser um avanço para a odontologia, pesquisadores da Universidade Queen Mary de Londres desenvolveram um novo método para o cultivo de materiais mineralizados que poderiam regenerar o esmalte dental, osso e outros tecidos biológicos duros.

Como o tecido mais duro no corpo, o esmalte permite que nossos dentes suportem a exposição a alimentos ácidos e bebidas, temperaturas extremas e forças frequentes de mordida. Infelizmente, a incapacidade do esmalte para se renovar pode levar a dor de dente e perda de dente, condições que afetam uma grande parte da população do mundo.
Focando em um material de proteínas específicas que pode desencadear e orientar o crescimento de nanocristais de apatita, os pesquisadores descobriram que os prismas microscópicos criados pelo material possuem propriedades físicas semelhantes ao esmalte dentário. Estas estruturas podem crescer sobre grandes superfícies irregulares e tecido nativo, abrindo oportunidades para reparo do tecido duro.

“Isto é emocionante porque a simplicidade e a versatilidade da plataforma de mineralização abre oportunidades para tratar e regenerar tecidos dentais,” disse o primeiro autor do estudo Dr.Sherif Elsharkawy, um dentista da Escola de Engenharia e Materiais Científicos da Queen.

“Por exemplo, poderíamos desenvolver ataduras resistentes aos ácidos que podem se infiltrar, mineralizar e proteger túbulos dentinários expostos de dentes humanos para o tratamento da hipersensibilidade da dentina.”
O pesquisador lider do estudo Prof. Alvaro Mata, da mesma faculdade, disse: “Dos principais objetivos em ciência dos materiais é de aprender com a natureza para desenvolver materiais úteis baseados no controle preciso de blocos de construções moleculares. A descoberta fundamental foi à possibilidade de exploração de proteínas desordenadas para controlar e orientar o processo de mineralização em várias escalas.Por isso, temos desenvolvido uma técnica para o fácil crescimento de materiais sintéticos que imitam tal arquitetura hierarquicamente organizada em grandes áreas e com a capacidade de ajustar suas propriedades”.

O estudo, intitulado “Interação de desordem – ordem de proteína para guiar o crescimento de estruturas hierárquicas mineralizadas”, foi publicado on-line na Nature Communications em 1º de junho de 2018.

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