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Dente revela hábitos da amamentação neandertal

Ao mensurar a quantidade relativa de bário e cálcio nas linhas de crescimento do dente, cientistas demonstraram que uma criança neandertal provavelmente mudou para uma dieta sólida numa idade relativamente jovem. (Foto: Ian Harrowell, Christine Austin, Dr. Manish Arora)

dom. 9 junho 2013

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SYDNEY, Austrália: Um time de pesquisadores internacionais desenvolveu um método que pode ser aplicado em amostra de fóssil dentário para investigar o hábito da amamentação. Esse método, que usa lasers e microscópios, descobriu marcas deixadas nos dentes devido ao consumo do leite maternal e à transição para alimentos sólidos, revelando entendimento sobre a evolução da dieta humana.

Primeiro, os cientistas utilizaram dentes de crianças e macacos com histórico de aleitamento para testarem o método. Entre outras descobertas, eles descobriram que a distribuição do bário refletiu exatamente na transição do período inicial da amamentação ao desmame.

Depois, os cientistas aplicaram a técnica num dente neandertal Paleolítico Médio encontrado na Bélgica. A análise demonstrou um patrão de amamentação exclusiva por sete meses, seguida por sete meses de suplementação. Após esse ponto, o nível do bário no esmalte voltou para o nível de base pré-natal, indicando uma interrupção bruta da amamentação na idade de 1.2 ano, reportaram os pesquisadores.

Como até agora nunca houve marcas biológicas confiáveis para espécies vivas e fósseis primatas, a descoberta de que a dieta humana deixa marcas no tecido como o esmalte dentário, que são recuperáveis após tantos anos, é a maior descoberta na ciência da evolução, de acordo com a Dra. Christine Austin, autora principal da Faculdade de Odontologia da Universidade de Sydney.

O estudo foi conduzido com a colaboração da Universidade de Tecnologia, Sydney, da Escola Icahn de Medicina no Mount Sinai em Nova Iorque e a da Universidade Harvard em Cambridge, Massachusetts. Foi publicado on-line na revista Nature em 22 de maio antes da versão impressa.

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