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"Quem não for especialista estará perdendo espaço no mercado de trabalho"

O especialistas Antonio Ribeiro e Juan Enrique Bazán deu palestras o Congresso Internacional do Seminários Odontologicos da América Latina (SOLA), realizado em Assunção (Paraguai) 12-14 de Maio de 2011.
Antônio Inácio Ribeiro*

Antônio Inácio Ribeiro*

qui. 19 maio 2011

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O nosso entrevistado da semana, Prof. Dr. José Luiz Cintra Junqueira, é especialista em radiologia, em patologia, MBA em gestão e marketing na saúde; mestre em radiologia, doutor em radiologia e doutor em ortodontia. Presidente da São Leopoldo Mandic, classificada pelo MEC como a melhor Faculdade de Odontologia do Brasil, diretor geral da EDB (Escola de Direito do Brasil) e presidente do grupo I.R.O (Instituto de Radiodiagnóstico Odontológico).

Quem o influenciou para fazer Odontologia?
Entrei em duas faculdades de medicina e não gostei. Estava insatisfeito, quando meu tio João, que era Cirurgião Dentista, levou-me para ver um dia de trabalho em seu consultório. Não tive mais dúvidas: saí da medicina, prestei outro vestibular e cursei Odontologia com prazer.
Onde fez a faculdade e quais suas lembranças desse tempo?
Foi na PUC de Campinas. Lembro de meus melhores professores, dos colegas com quem até hoje, amigos, convivo e do „duro‰ que eu dava trabalhando em uma emissora de rádio, tendo que dar um tempo à diversão e estudar. Foi difícil.

Como e onde foi seu início na profissão?
Comecei trabalhando num posto de saúde, juntamente com uma atividade em cirurgia no hospital Casa de Saúde Campinas e mantinha um consultório que minha querida avó me presenteou com grandes dificuldades. Nesta época já dava aulas em Bragança Paulista e depois na PUC. Dois anos após me formar, acrescentei a tudo isso, uma clínica de radiologia dentro daquele hospital, a qual com o tempo transferi para outro local. Enfim, durante muitos anos trabalhei 16 horas por dia, descansava sábado e voltava a trabalhar nos domingos a tarde indo até meia noite. Foi duro, mas criou em mim esta „mania‰ de trabalhar!

Lembra quem foi seu primeiro paciente?
No consultório, não, mas no posto de saúde, uma de minhas primeiras pacientes foi a Maria Helena, que estava com 13 anos. Dei-lhe a chance de trabalhar comigo em meu consultório e ela evoluiu, tornou-se técnica em radiologia e trabalha comigo desde então, há 32 anos!

Qual foi o caso que lembra como mais difícil?
A última cirurgia que fiz em hospital, uma Anquilose de ATM bilateral, que ninguém queria por a mão. Entendi porque durante a cirurgia, que felizmente terminou bem.

E um que tenha sido o mais gratificante?
Não da para escolher, aqui na SLM, temos renovado diariamente esta satisfação em servir.

Lembra de algum caso pitoresco ou peculiar acontecido no consultório?
Vários, afinal o Cirurgião Dentista é o confidente de muitos pacientes, e ouve de tudo. As vezes muito engraçado, mas eticamente não posso revelar. Uma vez, na radiologia, nosso técnico Baltazar, pediu para um paciente que faria um asialografia, trouxesse 2 limões, e no dia seguinte estava lá o paciente com dois ‰irmões‰. Não houve o exame.

Quais foram os seus maiores ou melhores momentos?
Da minha vida, meu filho! Da profissão, muitos, mas o mais presente é a vitória chamada São Leopoldo Mandic.

A que atribui o seu sucesso profissional?
Vender serviços de qualidade.

Tem algum parente Cirurgião Dentista?
Meu falecido tio João Junqueira.

Quem é seu maior ídolo na Odontologia?
Muitos, mas minha equipe de professores me encanta a cada dia. O ABC, Aristides B. Coutinho, foi meu guia na radiologia.

Quem são os seus grandes amigos na profissão?
Citar um, é magoara os outros. Considero amigo aquele que convive no meu coração. São milhares.

E quem fez mais pela classe nestes anos todos?
Não sei responder. Vejo muita política classista, mas não sou competente para avaliar os resultados. Acho que cada dirigente classista faz alguma coisa boa que vem se somando aos poucos no tempo e transforma nossa Odontologia na melhor do mundo, juntamente com as faculdades de ponta no Brasil.

Como está vendo o presente momento na Odontologia?
Com otimismo. Caminhamos para a qualidade ser o filtro de tudo. Quem não for especialista, mestre, doutor, estará perdendo espaço no mercado de trabalho.

Qual caminho vê como mais indicado para a profissão?
Honestidade, qualidade e respeito humanos. Não há outros!

A que atribui o seu sucesso profissional?
Ao trabalho e a equipe que me auxilia.

Quem o ajudou no crescimento profissional?
Todos que ensinaram algo: meus mestres, amigos e familiares.

Sente ter se realizado profissionalmente?
Ainda não. Falta muito ainda. Mas chegarei lá.

Como espera ser o futuro da profissão?
Positivo para os que se dedicarem.

Deixe uma sugestão ou mensagem para os mais novos.
Façam cursos em instituições sérias, fujam das „franquias‰ e aluguel de bandeiras na educação, dediquem-se, trabalhem muito! Acreditem em seus corações, e parem de ouvir palavras de desânimo.

A palavra é sua para suas considerações finais.
Resumo: Paz e Bem a todos, é meu desejo maior!

Conheci o mestre Junqueira quando recém montara sua primeira clínica de radiologia. A seguir montou uma rede de clínicas e era considerado um lunático. Depois o encontrei quando montou cursos de especialização filiado a uma Faculdade, que depois se transformou na melhor Faculdade de Odontologia do Brasil. Daí em diante sua história é publica e esta entrevista, mais uma homenagem, das muitas que tem recebido. Em breve estará inaugurando mais uma unidade, agora em Curitiba, onde também serei professor no MBA de Gestão. Uma honra! Aos que quiserem contato, o e-mail é presidente@slmandic.com.br

* Professor e especialista internacional em gestão, marketing e administração do escritório com mais de 20 livros publicados. Seu último título é "Marketing de clínicas ou consultórios". Contacte-lo em: ribeiro@odontex.com.br
 

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