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Estudo da Barts sobre periodontite severa revela crise iminente

Periodontite é mais comum na América do Sul e no leste da África subsaariana, de acordo com o relatório. (Foto: eteimaging/Shutterstock)

qua. 10 dezembro 2014

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LONDRES, Reino Unido: Números do Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra indicam que pelo menos um a cada 15 adultos do Reino Unido sofre da forma mais severa da periodontite. No mundo a situação é ainda mais preocupante com esta condição sendo encontrada em cerca de 11 por cento da população mundial. Um balanço internacional publicado por pesquisadores da Barts, Escola de Medicina e Odontologia de Londres, e instituições odontológicas da Austrália e EUA no Jornal de Pesquisa Odontológica (Journal for Dental Research) dá a primeira visão da dinâmica global da doença e onde ela prevalece.

De acordo com o relatório tanto incidência como prevalência de periodontite severa são maiores no leste da África subsaariana e na maior parte da América do Sul. Diversos países incluindo Austrália, Indonésia e Grécia, entre outros, também ficaram abaixo da média global.

Regiões com poucas ocorrências são a América do Norte, seguida de países desenvolvidos da Ásia, bem como a Oceania e Europa Ocidental.

Enquanto nenhuma diferença estatisticamente relevante foi identificada entre gêneros, os pesquisadores informaram que a ocorrência parece aumentar com a idade em todos os países pesquisados, visto que pessoas acima de 38 anos têm maior risco de desenvolver periodontite.

No geral o estudo concluiu que mais de 700 milhões de casos de periodontite severa no planeta se juntam a cada ano ao já alto número de ocorrências, o que faz da doença uma das seis mais prevalentes do mundo. Se não tratada pode levar não apenas a dor física e desconforto psicológico, mas também a limitação de funções, bem como deficiências físicas e psicológicas, de acordo com o autor, o diretor de pesquisas da instituição Prof. Wagner Marcenes, que coordenou o estudo.

“O número de casos de periodontite severa tem aumentado dramaticamente entre 1990 e 2010. Como não incluímos outros tipos de periodontites, como a forma amena ou moderada acreditou que haja um problema de saúde oral ainda mais sério na população”, ele comentou.

Ele diz que os dados estão atualmente sendo avaliados de forma mais profunda para descobrir o que pode ter causado esta prevalência, incluindo indicadores socioeconômicos e fatores de risco.

Um dos maiores levantamentos já feitos sobre a doença, o relatório analisou dados epidemiológicos de mais de 70 estudos envolvendo 300 mil pacientes de 37 países. Mesmo dando uma visão da realidade da doença, de acordo com os pesquisadores os resultados devem ser tratadas de forma cautelosa devido à problemática de como realmente medir a periodontite. Um novo padrão introduzido pela Academia Americana de Periodontologia e o Centro Americano de Controle e Prevenção de Doenças em 2007, por exemplo, dificultou a analise de dados anteriores a este período.

No relatório, os pesquisadores indicaram que qualquer posicionamento relacionado com Índice Periodontal da Comunidade de Necessidade de Tratamento= 4, fixação clínica maior que 6 mm e profundidade da bolsa periodontal de 5 como periodontite.

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