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Coreia do Sul: mulheres com poucos dentes remanescentes são mais propensas à Síndrome Metabólica

Um grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade da Coreia em Seul descobriu que mulheres com menos dentes remanescentes possuem um aumento na prevalência da Síndrome Metabólica. (Foto: FiledIMAGE/Shutterstock)
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qua. 8 junho 2016

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SEUL, Coreia do Sul: O aumento de prevalência da Síndrome Metabólica (SM) é um problema sério em países ocidentais e asiáticos. Como o grupo de condições coexistentes também foi associado a comportamentos de baixa saúde bucal e doença periodontal em vários estudos, uma equipe de pesquisadores investigaram a relação entre perda de dente e SM em alguns adultos da Coreia do Sul.

Estima-se que a Síndrome Metabólica, definida como um agrupamento de doenças metabólicas incluindo obesidade abdominal, pressão alta, rápido aumento de glicose no sangue, triglicéride elevado e taxa baixa de lipoproteínas de elevada densidade, afeta cerca de 5 a 10 por cento dos adultos asiáticos e quase um quarto da população dos países ocidentais. Os números da Pesquisa Nacional Coreana de Examinação da Saúde e Nutrição 2012 indicam que, com relação à perda de dente entre os sul coreanos, 91 por cento dos adultos com idade de 20 a 64 anos tinham cárie dentária e somente 34 por cento dos adultos com idade entre 40 e 64 anos tinham todos os dentes.

Com o objetivo de avaliar uma possível relação da falta de dente com SM, os pesquisadores analisaram dados da pesquisa acima mencionada. Eles descobriram que homens sem oito ou mais dentes tinham pressão alta e níveis elevados de glicose, enquanto mulheres desse grupo tinham a maior prevalência em SM e todos os seus componentes.

No geral, os resultados mostraram que mulheres sem SM tinham significativamente mais dentes do que as mulheres com SM (24.5  ±  0.2 comparado a 21.0  ±  0.3), uma associação não encontrada nos homens. Entretanto, uma diferença baseada nos gêneros pode ser explicada, em partes, pela inclusão das mulheres que estavam na pós-menopausa, destacaram os pesquisadores. Alguns estudos mostraram que mulheres na pós-menopausa tinham níveis de colesterol e triglicérides altos, mas taxa baixa de lipoproteínas de elevada densidade comparado às mulheres na pré-menopausa. Foi também mostrado que a inflamação sistêmica esteve acelerada em mulheres na pós-menopausa com SM, o que pode explicar o aumento da perda de dente nas mulheres comparado aos homens do estudo.

Embora as descobertas confirmem uma conexão entre a ocorrência de SM e poucos dentes nas mulheres, mais pesquisas são necessárias para demonstrar a relação de causalidade entre os dois, concluíram os pesquisadores.

O grupo de estudo incluiu 1.511 homens e 2.078 mulheres com idade superior a 40 anos, que foram divididos em três grupos de acordo com o número de dentes remanescentes (0–19, 20–27, e 28–32 dentes). Estimando a prevalência de SM, os resultados foram ajustados por covariantes, como idade, sexo, índice de massa corporal, fumo, ingestão de álcool, regularidade de exercícios, nível de educação, renda familiar, frequência do escovar os dentes, e a utilização de produtos bucais secundários.

O estudo, intitulado “Tooth loss and metabolic syndrome in South Korea: The 2012 Korean National Health and Nutrition Examination Survey”, foi publicado na edição 16 da revista Medicine.

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