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Presença de determinada bactéria bucal pode indicar o aumento de câncer de pâncreas

Avaliação contínua das mudanças de bactéria na boca pode ser usada para determinar o risco individual de desenvolver câncer de pâncreas. (Foto: Piotr Marcinski/Shutterstock)

qui. 12 maio 2016

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NOVA IORQUE, EUA: Pesquisadores descobriram que o risco de desenvolver câncer de pâncreas está associado a uma determinada bactéria na boca. Eles esperam que as descobertas podem agilizar e melhorar o tratamento da doença, que é uma das causas mais comum de morte por câncer, tanto em homens quanto em mulheres, e resulta anualmente em mais de 40.000 mortes nos EUA.

Outros estudos mostraram que os pacientes com câncer de pâncreas são suscetíveis, geralmente, à doença periodontal, cáries e baixa saúde bucal. Por isso, a equipe de pesquisadores do Centro Médico NYU Langone decidiram por pesquisar relações diretas entre a composição da bactéria condutora à doença bucal e subsequentemente o desenvolvimento do câncer de pâncreas.

Os pesquisadores compararam bactérias presentes em amostras de enxaguante bucal de 361 americanos, de ambos os sexos, que desenvolveram câncer de pâncreas, com 371 pessoas com idade, sexo e etnia correspondentes ao grupo, mas sem terem tido a doença. Eles descobriram que homens e mulheres cujo microbioma bucal incluindo Porphyromonas gingivalis, o maior contribuinte para a doença periodontal, tiveram em média 59% mais chance de desenvolver câncer de pâncreas do que aqueles cujo microbioma não continha a bactéria. Similarmente, pessoas com microbioma bucal contendo Aggregatibacter actinomycetemcomitans, associada à periodontite severa, tiveram 50% a mais de chance de desenvolver a doença.

“Nosso estudo oferece a primeira evidência direta de que mudanças específicas no microbioma representa um fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pâncreas juntamente com envelhecimento, gênero masculino, fumantes, descendentes afro-americanos, e histórico familiar da doença”, disse a investigadora sênior e epidemiologista Dra. Jiyoung Ahn.

Num outro estudo publicado em março, Ahn e seus colegas mostraram que o fumo do cigarro estava ligado dramaticamente às alterações, embora reversível, de quantidade e mistura de bactéria no microbioma bucal. Entretanto, ela alertou que é necessário mais pesquisa para determinar se há uma relação de causa-efeito, ou como ou se mudanças relacionadas ao fumo alteram o sistema imunológico ou se provocam atividades causadoras de câncer no pâncreas.

As descobertas foram apresentadas em 19 de abril no encontro anual da American Association for Cancer Research, em Nova Orleans.

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