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História da deficiência em vitamina D escondida embaixo do esmalte

Novo método de pesquisa possibilita compreender tendência a longo prazo de deficiência em vitamina D. (Foto: McMaster University)
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qua. 28 junho 2017

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ONTÁRIO, Canadá: Com uma estimativa de um bilhão de pessoas afetadas, a deficiência em vitamina D tem sido um tópico de discussão entre os profissionais de saúde, e é atualmente reconhecida como um dos mais importantes indicadores de saúde em geral. Pesquisadores descobriram que defeitos de mineralização nos dentes, dentina interglobular, oferecem um novo meio de investigação sobre episódios passados de deficiência em vitamina D. Usando esse método, um estudo mostrou que as primeiras comunidades europeias e do Oriente Médio eram afetadas por essa deficiência, mas os níveis e severidade parecem ter aumentado com o passar do tempo.

Em 2016, pesquisadores da Universidade McMaster em Ontário, em colaboração com colegas do Quebec e França, primeiro estabeleceram que a dentina pode carregar um registro permanente de deficiência em vitamina D. De acordo com o estudo, diferentemente do osso, a dentina não é remodelada, e isso significa que a dentina interglobular fornece uma ferramenta precisa para explorar aspectos revolucionários da evolução de deficiência em vitamina D.

Usando três relatórios prévios sobre dentina interglobular em humanos, em adição às suas pesquisas, os cientistas determinaram que a primeira evidência de deficiência em vitamin D vem de Tabun and Skhul, do Pleistoceno tardio no Monte Carmelo, Israel. Essa descoberta fornece evidência de que a deficiência em vitamina D tem sido presente desde períodos iniciais e não é apenas um problema recente. Adicionalmente, dentes do período helenístico e da Grécia contemporãnea revelaram não apenas que muitas pessoas tinham dentina interglobular, mas que a severidade dos defeitos aumentou. Em uma escala de comparação simples, a severidade de deficiência foi quarto vezes maior em comunidades gregas em 1948 do que em comunidades do campo de 2000 a.C.

“Isto é animador porque temos agora um recurso de prova que pode finalmente trazer respostas definitivas às questões fundamentais sobre mobilidade e condições de populações humanas primordiais— e informação nova sobre a importância da vitamina D em populações modernas”, disse a antropóloga da McMaster, Profa. Megan Brickley, autora líder do paper e Membro de Pesquisa do Canadá em Bioarqueologia de Doenças Humanas.

Antes dessa descoberta, não havia nenhum método confiável para a medição de deficiência em vitamina D no decorrer do tempo. Usando exemplos de dentes modernos e antigos, os pesquisadores apenas mostraram quão valioso é o método por compreender uma condição de saúde que afeta muitas pessoas em todo o mundo. Resultados de uma Pesquisa Canadense de Mensuração de Saúde 2012-13 mostrou que 25 por cento dos canadenses estavam em risco potencial de ingestão inadequada de vitamina D e 10 por cento estavam em risco de deficiência em vitamina D.

O paper, intitulado “Ancient vitamin D deficiency: Long-term trends”, foi publicado on-line em 18 de maio na revista Current Anthropology.

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