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Pacientes com deficiência intelectual: Cuidadores precisam de melhor treinamento em saúde bucal

Clínicos da Tufts com paciente em uma das clínicas Tufts servindo pessoas com necessidades especiais. (Foto cortesia de Matthhew Modoono/Tufts University)

dom. 23 novembro 2014

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BOSTON, EUA: Pessoas com deficiências intelectuais enfrentam mais problemas de saúde oral por terem dificuldade em realizar prevenção por conta própria. Portanto contam com cuidadores para assistência. Um novo estudo concluiu que acesso a saúde bucal especializada não é o suficiente para atender à todas as necessidades de pacientes com deficiências intelectuais ou de desenvolvimento e que muitos cuidadores precisam de treinamento adicional para promover apoio efetivo na saúde bucal domiciliar.

O estudo, que foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Medicina Oral e de Medicina Tufts de setembro de 2011 à maio de 2012, é o primeiro a analisar fatores que influenciam a saúde bucal domiciliar por cuidadores nos adultos com deficiências intelectuais. Incluiu 808 cuidadores familiares pagos com extensa experiência no cuidado de adultos com deficiências intelectuais em residências familiares ou casas de assistência.

Os pesquisadores descobriram que 85 por cento dos adultos com deficiência intelectual recebiam assistência na escovação de dentes. Embora 79 por cento escovassem os dentes duas vezes ao dia e 22 por cento usassem fio dental diariamente como recomendado, 45 por cento reportaram nunca usar o fio dental. De acordo com os pesquisadores o uso do fio dental em particular apresenta um desafio substancial para esta população. Ademais, 63 por cento dos cuidadores disseram que problemas comportamentais interferem com as rotinas de saúde bucal mais que qualquer outro fator.

Cuidadores desempenham um papel importante em prover cuidados bucais, enfatizaram os pesquisadores. No entanto os níveis de confiança e treinamento de membros da família e de cuidadores pagos diferem significativamente. Enquanto mais de 70 por cento dos cuidadores pagos recebem treinamento formal em grupo acerca de saúde bucal, apenas 6 por cento de cuidadores familiares reportam tê-lo recebido.

Os pesquisadores concluíram que o estudo sugere que em adição a abordar o acesso ao cuidado bucal as políticas também devem dar suporte aos cuidadores: ”Aqueles que desenvolvem as políticas devem também considerar estabelecer um sistema organizado que dê aos cuidadores, incluindo os familiares, informações e apoio”, afirmou Dr. John Morgan, co-investigador e professor associado do departamento de saúde pública e comunitária da escola de odontologia.

Cuidadores que participaram deste estudo visitaram quatro clínicas para pessoas com necessidades especiais administradas pela Tufs Dental Facilities, uma rede de clínicas que oferece serviços especializados para aproximadamente 7000 pessoas com deficiência intelectual anualmente e que apoia educação e pesquisas para melhorar a saúde bucal deste grupo de pacientes.

O estudo intitulado “Cuidados bucais domiciliares para adultos com deficiência intelectual: Uma pesquisa de cuidadores” (At-home Oral Care for Adults with Developmental Disabilities: A Survey of Caregivers), foi publicado na edição de outubro da Revista da Associação Dentária Americana.

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