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Exame dentário de fósseis identifica relação próxima a humanos

O Australopethicus sediba com 1,977 milhão de anos de idade pode ser ancestral ao hominis, incluindo o Homo sapiens. (Foto: Dr. Joel D. Irish, Liverpool John Moores University)

ter. 7 maio 2013

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LIVERPOOL, Reino Unido/COLUMBUS, Ohio, EUA: Um estudo dos restos de uma espécie fossilizada, primeiramente encontrada na África do Sul em 2008, forneceu evidências de que é uma das espécies com grau de parentesco mais próximo aos primeiros humanos. O grupo internacional de cientistas que conduziu a pesquisa descobriu que a espécie compartilha um número considerável de características dentárias com o Homo erectus, espécie ancestral humana.

Conduzidos pelo Dr. Joel D. Irish, professor e especialista em Antropologia Dental do Centro de Pesquisa de Antropologia Evolutiva e Paleoecologia da Universidade John Moore, os pesquisadores examinaram os dentes do Australopithecus sediba e os compararam com outras oito espécies hominin africanas, incluindo humanos modernos da África, e as extintas espécies Homo, Australopithecus e Paranthropus. Em geral, mais de 340 fósseis e 4.500 espécimes recentes foram estudadas.

Ao focarem em 22 características separadas de coroas e raízes dentárias que podem fornecer evidências de parentesco entre várias espécies, eles descobriram que o A. sediba e africanus compartilharam 15 destas características e que o sediba compartilhou 13 características com H. erectus. Ambos compartilharam 5 características com os primeiros humanos que não foram compartilhadas com os seus ancestrais.

Desde modo, os dentes indicaram que o A. sediba é também um parente do previamente identificado africanus. De acordo com o estudo, ambas espécies estão mais relacionadas com os humanos do que outras australopiths encontradas no leste africano.

“Os dentes são um excelente modo de estudar as relações entre as espécies por estarem bem preservados”, disse Dr. Debbie Guatelli-Steinberg, coautora e professora de Antropologia da Universidade do Estado de Ohio. “Embora nossa pesquisa sugira que ambas espécies estejam mais relacionadas com os humanos do que outras, nós precisamos encontrar mais restos de sediba para definitivamente resolvermos o quebra-cabeça da evolução”, ela concluiu.

O estudo, intitulado “Dental morphology and the phylogenetic ‘place’ of Australopithecus sediba” (Morfologia dentária e o ‘lugar’ filogenético da Australopithecus sediba), foi conduzido por pesquisadores do Reino Unido, África do Sul e EUA. Publicado na edição da revista Science como parte de uma coleção de seis artigos sobre A. sediba em abril.

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