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Cientistas malaios usam restos de alimentos para fazerem compostos

Mais de 100 milhões de toneladas de cascas de arroz são deixadas como restos em moinhos pelo mundo. (Foto: Hataigan Doungbal/Shutterstock)
DT Asia Pacific

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dom. 23 junho 2013

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KUBANG KERIAN, Malásia: Sintetizar sílica para o uso em nanocompostos dentais através do processo sol-gel leva muito tempo e muitas vezes é um método perigoso devido à toxidade dos materiais envolvidos. Pesquisadores da Escola de Ciências da Odontologia da Universidade Sains Malaysia declararam ter desenvolvido um método mais barato e ecológico para a extração da substância vital da casca do arroz.

Só na Malásia, estima-se que 0.5 milhão de tonelada desse resíduo agroindustrial é descartado anualmente. Espera-se que a produção anual exceda 100 milhões de toneladas, resultando num vasto lixo orgânico em particular no sudeste asiático, onde é utilizado como fertilizante, material de isolamento e combustível para ativar máquinas a vapor, entre outras aplicações.

Com conteúdo de 10% de sílica, esse poderia ser um recurso de baixo custo para a produção de nanopartículas de sílica, que são o principal componente do composto de restauração em odontologia, de acordo com o projeto do Prof. Prof. Ismail Ab. Rahman da Escola. Ele disse que os custos de produção usando esse método poderiam ser reduzidos em quase um terço quando comparados com a sintetização tradicional de sílica de componentes orgânicos do silicone.

O primeiro composto dental produzido do componente sílica obtido das cascas do arroz foi apresentado pelo Rahman e seu time de pesquisa na 24ª Exposição Internacional de Invenção, Inovação e Tecnologia (24th International Invention, Innovation and Technology Exhibition) em Kuala Lumpur na semana passada, onde recebeu a medalha de prata entre as 1.000 inovações apresentadas por pesquisadores de todo o mundo. Rahman disse que o material poderá estar pronto para ser lançado no mercado em 2016, depois de ser testado em animais e humanos.

De acordo com ele, o material pode ter durabilidade na boca de até 10 anos, tempo comparável aos metais comumente usados em restaurações, como a amálgama e outros compostos de resinas.

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