ANN ARBOR, Mich.,EUA: Antiácidos são usualmente prescritos para lidar como o refluxo, um efeito colateral comum da quimioterapia ou tratamento por radiação em pacientes com câncer na cabeça e pescoço. No entanto, segundo uma nova pesquisa, este medicamento pode ajudar a deter a progressão do câncer. Um estudo conduzido na Universidade de Michigan concluiu que pacientes que tomaram antiácidos tiverem melhores taxas de sobrevivência, comparados com aqueles que não receberam tais medicamentos.
O estudo incluiu 596 pacientes com carcinoma espinocelular prévio e não tratado, dos quais dois terços tomaram antiácidos enquanto o restante serviu de grupo de controle.
“Pacientes que tomam medicamentos antiácidos tiveram uma taxa de sobrevivência significativamente melhor” disseram os pesquisadores. Participantes que tomaram inibidores da bomba de protões tiveram decréscimo de 45 por cento do risco de morte comparados com o grupo de controle, e pacientes que tomaram bloqueadores histaminérgicos (BH2) tiveram decréscimo de 33 por cento do risco de morte.
Ainda que essas descobertas indiquem que o uso rotineiro de medicamentos antiácidos possa ter beneficio terapêutico significante em pacientes com câncer de cabeça e pescoço, os mecanismos por trás deste efeito ainda não são bem compreendidos. Por isso planejam-se estudos adicionais para investigar se antiácidos podem ser usados para inibir a progressão do câncer e reduzir o risco de desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço.
Inibidores da bomba de protões, como Prisolec, Nexium e Prevacid, e bloqueadores histaminérgicos (BH2), como Tagamet, Zantac ou Pepcid, são tidos como relativamente seguros e tipicamente têm poucos efeitos colaterais adversos.
O estudo intitulado “Inibidores de bomba de protões e bloqueadores histaminérgicos (BH2) estão associados com a melhora da taxa de sobrevivência em pacientes com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço” (Proton Pump Inhibitors and Histamine 2 Blockers Are Associated with Improved Overall Survival in Patients with Head and Neck Squamous Carcinoma), foi publicado na edição de dezembro da revista Cancer Prevention Research.
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