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LIBERIA, Costa Rica: Um grupo de pesquisadores internacionais descobriu que a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) tipo 16 e 18 que é utilizada para a prevenção de câncer cervical reduz as infecções orais por HPV que são altamente associadas em mais de 90% aos cânceres de orofaringe e amígdalas.
Os participantes do estudo foram recrutados do Experimento da Vacina HPV (HPV Vaccine Trial) na Costa Rica, um estudo com 7.466 mulheres costa-riquenhas saudáveis com idade de 18 a 25 anos que tomaram a vacina HPV 16/18 em 2004 e 2005, originalmente designada para avaliar a eficácia da vacina contra o câncer cervical.
A fim de avaliar sua eficácia contra infecções orais de HPV, os pesquisadores do decorrente estudo recolheram espécimes orais de 5.840 participantes e observaram que a vacina reduziu a prevalência dessas infecções em 93%. Quatro anos após a vacinação, houve apenas uma infecção do HPV no grupo da vacina, enquanto tiveram 15 infecções no grupo de controle.
De acordo com os pesquisadores, a incidência do HPV relacionada aos tumores de orofaringe aumentou nos últimos 20 anos, principalmente nos países desenvolvidos. Estima-se que 85.000 de casos novos são identificados todos os anos. Entretanto, os homens são quatro vezes mais vulneráveis em serem afetados. Se o efeito protetivo da vacina do HPV for confirmada também nos homens, ela pode tornar-se importante nas medidas de saúde pública, em particular, para os rapazes, disse o Dr. Rolando Herrero, autor líder e especialista em epidemiologia da Organização Mundial de Saúde da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer.
O estudo foi conduzido em colaboração com o Instituto Nacional do Câncer dos EUA (U.S. National Cancer Institute) e Fundação INCIESA (Fundación INCIENSA), uma organização de pesquisa de saúde privada na Costa Rica. Foi publicado na edição da revista PLOS ONE em julho.
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