DT News - Brazil - O aditivo alimentar utilizado na pasta de dentes e chicletes pode ter um impacto negativo na saúde

Search Dental Tribune

O aditivo alimentar utilizado na pasta de dentes e chicletes pode ter um impacto negativo na saúde

Um novo estudo australiano descobriu que as nanopartículas do aditivo alimentar dióxido de titânio, que é encontrado em produtos como creme dental e goma de mascar, podem ter um impacto negativo na saúde humana. (Fotografia: DUSAN ZIDAR / Shutterstock)

ter. 23 julho 2019

guardar

SYDNEY, Austrália: As nanopartículas do aditivo alimentar comum dióxido de titânio (E171), encontrado em mais de 900 produtos alimentícios, incluindo chicletes, assim como em alguns medicamentos e cremes dentais, podem ter um impacto negativo na saúde humana, segundo um estudo recente. Os resultados do estudo levaram os especialistas a pedir melhores regulamentos e mais discussões sobre o tema dos aditivos alimentares.

Conduzido por pesquisadores da Universidade de Sydney, o estudo mostrou que o E171 tem um impacto na microbiota intestinal e prejudica algumas de suas funções. Isso pode causar doenças intestinais inflamatórias ou câncer colorretal. O coautor principal, Dr. Wojciech Chrzanowski, um professor associado do Nano Institute da Universidade de Sydney disse: “Há evidências crescentes de que a exposição contínua a nanopartículas tem um impacto na composição da microbiota intestinal e, como a microbiota intestinal é uma guardiã de nossa saúde, qualquer alteração em sua função influencia na saúde geral".

Em 2017, a associação ambiental francesa Agir pour l'Environnement estudou a composição de 408 cremes dentais e encontrou E171 em 271 pastas dentais, 25 biodentifrícios e 29 cremes dentais para crianças. Agora, depois que a ANSES, agência francesa de alimentos, saúde e segurança ocupacional e ambiental, divulgou uma análise de 25 novos estudos sobre a toxicidade do E171, concluindo que havia falta de dados científicos sobre sua nocividade, mas recomendando o uso de alternativas conhecidas. o governo planeja banir o uso do aditivo a partir de 2020.

De acordo com os autores do estudo australiano, o aumento das taxas de demência, doenças autoimunes, metástase de câncer, eczema, asma e autismo estão entre uma lista crescente de doenças que têm sido associadas à exposição crescente a nanopartículas E171. Falando sobre os resultados e o que isso significa para o governo australiano, os pesquisadores disseram que o consumo de E171 deveria ser melhor regulado pelas autoridades de alimentos.

O estudo, intitulado “Impacto do aditivo alimentar dióxido de titânio (E171) interaçção do hospedeiro na microbiota intestinal foi publicado em 14 de maio de 2019 em Frontiers in Nutrition.

Marcadores:
advertisement
advertisement