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Novas percepções na saliva humana poderiam levar ao primeiro teste de diagnóstico de autismo

Os pesquisadores Dr. Costel C. Darie (à esquerda) e o Dr. Alisa G. Woods, da Universidade de Clarkson estudaram como testes com saliva podem ser utilizados para diagnosticar autismo no futuro. (Foto: Clarkson University)

qui. 23 abril 2015

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POTSDAM & PLATTSBURGH, N. Y., EUA: Pela primeira vez, um estudo mostrou que as crianças com transtornos do espectro autista têm diferentes níveis de determinadas proteínas na sua saliva do que outras crianças. Os pesquisadores acreditam que esses resultados possam ajudar no desenvolvimento de um teste de diagnóstico de autismo, que pode prestar auxílio no diagnóstico precoce e ajudar a direcionar os pais com crianças com autismo a intervenções.

No estudo, os pesquisadores analisaram amostras de saliva obtida a partir de seis autistas e seis crianças de desenvolvimento típico com idades compreendidas entre 6 e16 anos, e olharam para as diferenças nos níveis de proteínas salivares em particular.

Eles descobriram que nove proteínas foram significativamente elevadas nos participantes com autismo. Além disso, três eram menores ou ausentes neste grupo. Várias dessas proteínas interagem, são associadas com o sistema imunológico ou são elevadas em pessoas com problemas gastrointestinais, fornecendo mais evidências de que tais condições também são comuns em indivíduos com transtornos do espectro autista.

Atualmente, o diagnóstico de autismo se baseia em avaliações comportamentais, e não há nenhum teste biológico disponível. Os pesquisadores disseram que o teste pode auxiliar no diagnóstico precoce e intervenção e que poderia melhorar muito os resultados funcionais em pessoas com transtornos do espectro autista.

No geral, o estudo estabeleceu um complexo de proteínas salivares como um potencial biomarcador para o autismo. No entanto, mais estudos em grupos maiores e de subtipos específicos de autismo são necessários para confirmar esses achados antes do eventual desenvolvimento de um teste de diagnóstico baseado na saliva.

Até à data, o proteoma salivar não tem sido virtualmente estudado no transtorno do espectro autista, apesar de se tratar de um fluido corporal que pode ser obtido facilmente para o uso clínico ou de pesquisa comparado com sangue ou amostras de tecido, por exemplo.

O estudo, intitulado "Um Piloto da Análise Proteômica do Biomarcador Salivar no Transtorno do Espectro Autista”, foi publicado online em 27 de janeiro na revista de Pesquisa sobre Autismo antes da versão impressão. Ele foi conduzido na Universidade de Clarkson e na Universidade do Estado de Nova York, em Plattsburgh.

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