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Crianças com necessidades especiais precisam de cuidado dentário precoce e regular

Conhecimento exato sobre a situação dentária dos diferentes grupos de necessidades especiais é necessário para oferecer tratamento apropriado a esses grupos. Pesquisadores da Espanha concluíram após revisar o tema na literatura médica. (Foto: nd3000/Shutterstock)

qui. 11 agosto 2016

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MADRI, Espanha: Ao investigar a saúde bucal em crianças com paralisia cerebral ou Síndrome de Down, pesquisadores da Espanha estabeleceram que há uma necessidade de melhorar os cuidados da saúde bucal e dental desses pacientes. Além disso, uma atualização de conhecimento é necessária nos consultórios odontológicos com o intuito de prevenir e limitar a severidade das patologias orais frequentemente observadas em crianças com necessidades especiais, incluindo a alta incidência de cáries, anomalias dentárias e de hábito, ou saúde gengival ruim.

Através de uma revisão da literatura médica, os pesquisadores da Universidade Europeia de Madri compararam a saúde bucal de crianças com paralisia cerebral ou Síndrome de Down com um grupo de controle. No total, 14 estudos que examinaram no geral hábitos e higiene bucal, cáries, saúde gengival, trauma e posição do dente, entre outros, foram incluídos na pesquisa.

De acordo com os pesquisadores, embora não tenha havido nenhum consenso a respeito da higiene bucal, saúde gengival e incidência de cáries em crianças com necessidades especiais, os pacientes com desabilidades física e/ou intelectual geralmente apresentaram uma maior prevalência de patologias bucais comuns e severas em todos os estudos revisados.

Por exemplo, crianças com paralisia cerebral tiveram mais cáries comparado com crianças que possuíam outras deficiências. Crianças com Síndrome de Down, entretanto, não tiveram uma taxa alta de cáries, mas a saúde gengival e os hábitos dentários, como o bruxismo, foram notavelmente piores do que os de controle. Em adição, a revisão mostrou que crianças com Síndrome de Down tiveram com mais frequência atraso no desenvolvimento do dente permanente, e o trauma dentário foi mais frequente em crianças com paralisia cerebral.

Com o intuito de prevenir e limitar a severidade das patologias observadas, as crianças com necessidades especiais precisam de cuidado dentário precoce e regular, concluíram os pesquisadores. Por essa razão e para oferecer uma resposta eficiente ao aumento da demanda de cuidados bucais às pessoas com necessidades especiais, são necessários mais conhecimento exato sobre a situação dentária dos diferentes grupos de necessidades especiais e treinamento adequado aos profissionais em um consultório cujo o ambiente não possua barreiras físicas, eles declararam.

O estudo, intitulado “Oral health in children with physical (cerebral palsy) and intellectual (Down syndrome) disabilities: Systematic review I”, foi publicado em 1 de julho na revista Journal of Clinical and Experimental Dentistry.

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