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Brånemark faz primeira cirurgia de integração óssea em amputado nos EUA

Juntamente com seus colegas, o Dr. Rickard Brånemark (no centro) executou a primeira cirurgia de integração óssea nos EUA onde uma haste metálica foi inserida em um fêmur amputado. (Foto: Susan Merrell/UCSF)

sex. 3 junho 2016

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SÃO FRANCISCO, EUA: Descoberto pelo Prof. Per-Ingvar Brånemark, o conceito de integração óssea tem tornado-se a base da implantologia em odontologia e revolucionado o tratamento de pacientes edêntulos no mundo. Dando continuidade ao trabalho de seu pai, o Dr. Rickard Brånemark adaptou o conceito à cirurgia ortopédica com o objetivo de melhorar o tratamento de amputados. Sua abordagem foi desenvolvida e aplicada por 20 anos, na maior parte do tempo fora dos EUA. Juntamente com seus colegas da Universidade da Califórnia, São Francisco (UCSF), Brånemark fez atualmente a primeira cirurgia de integração óssea no país.

Similar ao implante dentário, a Prótese de Integração Óssea para a Reabilitação de Amputados (OPRA) consiste numa prótese externa ancorada diretamente no osso remanescente do paciente através do implante permanente de um parafuso de titânio. Portanto, a prótese fixa sempre corretamente e permanece firme no lugar, evitando que o paciente sofra com ferimento, dor, febre, irritação e desconfortos gerais encontrados em soluções tradicionais que utilizam um encaixe.

Brånemark, atualmente professor adjunto convidado do Departamento de Cirurgia Ortopédica da UCSF, desenvolveu o programa OPRA no Centro Internacional de Pesquisa, Educação é Cirurgia em Integração Óssea (iCORES) da universidade. Foi recrutado pela UCSF para permanecer no cargo por dois anos devido a sua extensa experiência em integração óssea: ele liderou estudos por mais de 25 anos sobre implante percutâneo de titânio em pacientes amputados e fundou vários centros de cuidados ao amputado na Europa, Ásia, Austrália e América de Sul. Embora a tecnologia esteja disponível em muitos países, esse foi o primeiro paciente a ser tratado após a aprovação do aparelho pela Food and Drug Administration em julho do ano passado.

O paciente, George Kocelj, perdeu grande parte da perna direita devido a um tumor raro causado por neurofibromatose. O homem de 54 anos experimentou diversas próteses externas antes, mas sem sucesso. Como o encaixe dessas próteses não funcionaram pra ele, passou a depender muito da cadeira de rodas.

Colocar o OPRA requer dois procedimentos. Na primeira cirurgia, uma instalação cilíndrica é implantada dentro do canal central do osso remanescente. Cerca de seis meses depois, após o osso ter crescido para segurar firmamente o implante, a segunda operação coloca um pilar que ultrapassa a pele e conecta com a prótese externa. O paciente faz fisioterapia para distribuir o peso gradualmente sobre o implante utilizando uma prótese de treinamento. A reabilitação leva em média seis meses e inclui o encaixe de uma prótese final customizada.

“Estou nervoso, agitado e impressionado”, disse Kocelj antes da cirurgia. “Ser capaz de caminhar e apenas ir é animador. Isso significa uma melhor qualidade de vida”. No dia 26 de abril, O’Donnell, Brånemark e a Dra. Rosanna L. Wustrack, professora assistente da Clínica Ortopédica, executaram o primeiro procedimento do OPRA em Kocelj. O segundo será executado durante o outono americano.

“A UCSF tem sido líder por quatro décadas no desenvolvimento de tecnologia de integração óssea para salvar membros de pacientes com câncer”, disse O’Donnell. “Entretanto, quando a amputação é necessária, o iCORES é capaz de oferecer atualmente técnicas de integração óssea a esses pacientes também”.

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