LONDRES, Reino Unido: Durante a gravidez e durante o primeiro ano após o parto, as mães no Reino Unido têm direito a cuidados dentários gratuitos através do Serviço Nacional de Saúde (NHS). No entanto, debates recentes no Parlamento sobre potenciais extensões destes benefícios a outros grupos vulneráveis, como os doentes oncológicos, destacaram lacunas significativas no sistema, exacerbadas pela pandemia de COVID-19. No meio destas discussões, a British Dental Association (BDA) trouxe à luz estatísticas preocupantes sobre o declínio no acesso aos cuidados dentários para novas mães num comunicado de imprensa.
Antes da pandemia, o NHS tratava de mais de 840.000 pedidos de cuidados dentários de maternidade por ano. Estes números diminuíram drasticamente para 245.967 no período de 2020–21, recuperaram ligeiramente para 490.298 em 2021–22 e atingiram 542.353 em 2022–23, indicando uma perda estimada de 1,25 milhões de consultas dentárias de maternidade desde o início da pandemia. Esta queda é alarmante, considerando os elevados riscos dentários associados à gravidez, causados por alterações hormonais que aumentam a sensibilidade gengival e a vulnerabilidade à placa bacteriana. Além disso, mudanças nos hábitos alimentares e enjoos matinais durante a gravidez podem agravar a deterioração da saúde bucal.
Comentando a situação, o presidente do BDA, Dr. Eddie Crouch, enfatizou a necessidade de uma revisão substancial em vez de mudanças superficiais, dizendo: “Muitos pacientes têm um forte pedido de odontologia gratuita do NHS, mas infelizmente aqueles que já a têm estão vendo poucos benefícios”.
As implicações destas consultas perdidas vão além da saúde periodontal, uma vez que a investigação sugere que as infecções resultantes de problemas dentários podem levar a efeitos adversos graves tanto para a mãe como para a criança. O Dr. Crouch comentou ainda: “Mulheres grávidas e novas mães são elegíveis devido ao risco material para os seus dentes e gengivas. Mas 1,25 milhões ficaram de fora e há poucos sinais de recuperação.”
A BDA criticou os mecanismos de financiamento da odontologia do NHS, argumentando que a dependência de taxas é inadequada e que muitos grupos se qualificariam justificadamente para isenções. Dados recentes também indicam que simplesmente não existem recursos odontológicos suficientes no NHS para satisfazer as necessidades de todos os pacientes.
“Muitos pacientes reivindicam fortemente a odontologia gratuita do NHS, mas infelizmente aqueles que já a possuem estão vendo poucos benefícios.” — Dr. Eddie Crouch
A recente tentativa do governo de resolver estas questões com um plano de recuperação para a odontologia do NHS foi recebida com ceticismo significativo pela comunidade dentária. O BDA declarou o plano de recuperação “indigno do título”. Uma sondagem realizada pela BDA entre dentistas em Inglaterra revelou que apenas 3% acreditam que o plano levaria a que a sua prática acomodasse mais pacientes do NHS. Pior ainda, 43% previram que o plano resultaria em ainda menos pacientes do NHS nos seus consultórios, e apenas 1% dos entrevistados sentiram que o plano poderia atingir o objetivo do governo de fornecer cuidados dentários a todos os necessitados.
Para complicar ainda mais a questão, a Secretária de Estado da Saúde e Assistência Social, a Honorável Victoria Atkins, corrigiu o registo no Parlamento depois de alegar erradamente que o plano era apoiado por 200 milhões de libras (234 milhões de euros) * em dinheiro “novo”, quando na verdade o plano reafeta as despesas insuficientes do orçamento existente de 3 mil milhões de libras – um orçamento que registou aumentos insignificantes ao longo da última década. O governo também afirmou que 500 clínicas estão agora a aceitar novos pacientes devido a este financiamento, mas isto foi recebido com descrença. Parece que, em vez de indicar sim ou não se estão a aceitar novos pacientes, as práticas do SNS mostram agora que podem aceitar novos pacientes “quando a disponibilidade o permitir”. De acordo com o Dr. Crouch, “o governo precisa parar de girar e apresentar um plano sério para restaurar o acesso a milhões de pessoas”.
Nota editorial:
*Calculado na plataforma OANDA em 7 de fevereiro de 2024.
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