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Sobreviventes de câncer bucal enfrentam desemprego

Pessoas com câncer de cabeça e pescoço enfrentam problemas do dia a dia, sendo um deles o desemprego. (Foto: threebythree/Shutterstock)

seg. 21 abril 2014

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JENA, Alemanha: Uma nova pesquisa sobre câncer de cabeça e pescoço mostrou que os pacientes sofrem uma baixa qualidade de vida também com relação ao trabalho. O estudo conduzido entre sobreviventes de câncer descobriu que a taxa de emprego caiu significativamente após o diagnóstico. Somente um em cada três pacientes ainda estava empregado cinco anos após ter recebido diagnóstico.

Tradicionalmente, os estudos sobre pacientes com câncer focam principalmente as taxas de sobrevivência. Entretanto, a qualidade de vida relacionada à saúde e a sua avaliação tem se tornado muito importante na assistência médica, refletindo a percepção dos pacientes nos efeitos da doença.

No estudo, conduzido no Hospital da Universidade de Jena na Alemanha, 55 sobreviventes de câncer de cabeça e pescoço com idade inferior aos 60 anos completaram um questionário que investigava o emprego e fatores psicológicos.

Os pesquisadores observaram que a taxa de pacientes empregados caiu de três quartos antes do diagnóstico para um terço numa estimativa de 66.8 meses após o diagnóstico. Os efeitos colaterais do tratamento cirúrgico foram a razão principal do desemprego. Em adição, sobreviventes de câncer desempregados reportaram pouco bem-estar social e tiveram mais depressão.

Embora o estudo indique claramente que variações psicológicas são associadas ao emprego em sobreviventes de câncer de cabeça e pescoço, mais pesquisas são necessárias para examinar essa relação.

De acordo com os últimos dados publicados pela Organização Mundial de Saúde, cerca de 400.000 casos de câncer labial e da cavidade bucal, e faringe foram diagnosticados no mundo em 2008. A Plataforma para Melhor Saúde Bucal na Europa, uma iniciativa conjunta das autoridades e empresas de saúde bucal promovendo melhor saúde bucal no continente, declarou que o câncer bucal é o oitavo câncer mais comum no mundo. Na União Europeia, o câncer labial e de cavidade bucal é o 12º mais comum entre os homens.

O estudo, intitulado “A trajetória laboral e assuntos relacionados ao emprego em sobreviventes do câncer de cabeça e pescoço” (Employment pathways and work-related issues in head and neck cancer survivors), foi publicado on-line em 23 de fevereiro na revista Head and Neck antes da versão impressa.

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