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Perda de dentes pode deteriorar as funções do corpo e do cérebro

Perda de dentes pode ser usada como um indicador prematuro de declínio físico e mental em pacientes idosos. (Foto: Kletr/Shutterstock)

seg. 2 março 2015

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LONDRES, Reino Unido: A mémoria e a velocidade do caminhar em adultos que perderam todos os dentes se deterioram mais rápido que em adultos que ainda têm seus dentes naturais, concluíram pesquisadores da Universidade de Londres (UCL). Os resultados demonstram que pessoas sem nenhum dos dentes naturais tiveram desempenho ao menos dez por cento inferior em testes de memória e velocidade de caminhada, comparados com pessoas que ainda têm os próprios dentes.

O estudo analisou 3166 adultos, com idade acima de 60 anos, do Estudo Longitudinal Inglês de envelhecimento (English Longitudinal Study of Ageing - ELSA) e comparou seus desempenhos em testes de memória e de velocidade de caminhada.

A relação entra perda total dos dentes e a perda de memória foi explicada após o ajuste dos resultados para uma ampla gama de fatores, incluindo características sóciodemográficas, problemas de saúde preexistentes, preparo físico, comportamentos de saúde (como o fumo e a bebida), depressão, biomarcadores relevantes, e situações sócioeconômicas particulares. No entanto, após os ajustes dos resultados para todos os possíveis fatores, pessoas sem os dentes ainda caminhavam mais devagar que aquelas com os dentes naturais.

Essa relação, entre adultos mais velhos, da Inglaterra, perderem seus dentes naturais e estarem com a memória mais fraca e pior desempenho físico após dez anos, ficou mais evidente em adultos entre 60 e 74 anos de idade, que no grupo com mais de 75 anos.

“Perda de dentes pode ser usada como um indício prévio de declínio da saúde mental e física em pessoas de idade avançada, particularmente no grupo de 60 a 74 anos de idade.”, disse o autor principal Dr. Georgios Tsakos do Departamento de Epidemologia e Saúde Pública da UCL. “Concluimos que causas comuns para a perda de dentes e problemas físicos e mentais estão comumente relacionadas a fatores sócioeconômicos, o que evidencia a importância de determinadores sociais mais amplos, como a educação e renda, para melhorar a saúde oral e geral da população mais pobre. Independente do que está por trás da perda de dentes e o declínio das funções, averiguar perda prematura de dentes é uma oportunidade de identificar adultos que futuramente estarão em maior risco de declínio físico e mental acelerado. Muitos fatores podem influenciar este declínio, como o estilo de vida e fatores psicosociais que estão suscetíveis a mudanças.”, explicou Tsakos.

O estudo intitulado “Perda de dentes associada com declínio físico e cognitivo em adultos idosos” (Tooth loss associated with physical and cognitive decline in older adults) foi publicado online no Journal of the American Geriatrics Society.

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