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O sorriso não é interpretado de modo positivo em todas as culturas

Embora inúmeros estudos sugiram que indivíduos sorridentes sejam vistos de modo favorável, os resultados de uma nova pesquisa internacional indicam que em algumas culturas o oposto pode ser considerado. (Foto: Mila Supinskaya Glashchenko/Shutterstock)

qui. 1 setembro 2016

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VARSÓVIA, Polônia: Dentes brancos e retos são sinais universais de saúde e juventude. Entretanto, um novo estudo internacional descobriu que o sorriso pode ser entendido ou como inteligente e confiável ou como estúpido e desonesto, dependendo do país de origem da pessoa. Em tempos de globalização, saber se um sorriso é relacionado a algo positivo ou negativo é crucial, por exemplo em relações comerciais ou candidaturas em vagas de trabalho internacional.

Ao investigar as percepções sociais do sorriso, os pesquisadores questionaram 4.519 participantes de 44 culturas dos seis continentes para darem notas a imagens de indivíduos sorrindo e sérios a fim de avaliar a honestidade e inteligência. Para cada participante a equipe de pesquisa internacional, liderada pelo pesquisador polonês Dr. Kuba Krys, calculou a média das notas dadas pelos participantes.

Eles descobriram que o sorriso não é constantemente entendido como um sinal de inteligência em todas as culturas. Em seis culturas, indivíduos nomeadamente do Japão, estado indiano de Kerala, Irã, Coreia do Sul, Rússia e França relacionaram menos inteligência quando há sorriso. Já para indivíduos da Alemanha, Suíça, Malásia, China e Áustria o sorriso é relacionado à alta inteligência. Entretanto, não há diferença significativa nas notas de indivíduos sorrindo versus não sorrindo em 20 culturas, incluindo Hong Kong, Noruega e Indonésia.

Em relação à honestidade, as descobertas indicaram que, embora indivíduos sorrindo tenham sido considerados mais honestos do que os sérios em quase todas as culturas (37 de 44), houve variação cultural no tamanho do efeito. No geral, o efeito positivo do sorriso foi mais fraco em países onde a corrupção é alta, como o Zimbábue, Maldivas e Argentina. Neste quesito, os pesquisadores concluíram que a corrupção em nível social pode enfraquecer o significado de um importante sinal evolucionário, como o ato de sorrir, e minimizar a sua confiança.

De acordo com os pesquisadores, as descobertas sobre as suaves nuances da percepção do sorriso podem obter implicações práticas importantes no contexto da globalização, por exemplo. Por isso, o conhecimento sobre se o sorriso é interpretado positivamente, como um sinal de inteligência e confiança, ou se sinaliza o oposto pode ser crucial para candidatos internacionais, concluíram os pesquisadores.

Os resultados do estudo foram publicados em junho na edição do Journal of Nonverbal Behavior na matéria intitulada “Be careful where you smile: Culture shapes judgments of intelligence and honesty of smiling individuals”.

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