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Novo método para monitorar o desenvolvimento do câncer bucal

Dra. Donna Albertson (à esquerda) da Universidade da Califórnia, Dr. Brian Schmidt (Faculdade de Odontologia da Universidade de Nova Iorque) e seu time observam as mudanças na composição da microbiota bucal. (Foto cortesia do Centro NYCUD Buestone)

qui. 3 julho 2014

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 NOVA IORQUE, EUA: Um estudo publicado recentemente sugeriu que avaliar as mudanças na composição da microbiota bucal poderia ser um novo método para monitorar o desenvolvimento, progresso e reincidência do câncer bucal. Os pesquisadores acreditam que as mudanças da microbiota poderiam ser usadas como biomarcadores para câncer e pré-câncer bucal futuramente.

Com o objetivo de investigar as mudanças na microbiota bucal associadas ao câncer bucal, os pesquisadores da Faculdade de Odontologia da Universidade de Nova Iorque em colaboração com pesquisadores da Universidade da Califórnia coletaram amostras de câncer e amostras de controle combinadas anatomicamente da cavidade bucal de pacientes e indivíduos saudáveis, respectivamente.

Os pesquisadores foram capazes de distinguir a maioria das amostras de câncer das amostras pré-cancerosas e de controle apenas olhando as diferenças na composição das bactérias. Eles descobriram que a abundância da Firmicutes, particularmente Streptococcus, e Actinobacteria, especialmente Rothia, diminuiu significativamente em relação às amostras de controle do mesmo paciente de pré-câncer. Entretanto, isso não foi observado em amostras da língua e do assoalho da boca de pacientes saudáveis, indicando que as mudanças na composição dos micróbios podem ocorrer no início do desenvolvimento do câncer.

Embora estudos de grande escala sejam necessários para determinar se as mudanças na microbiota bucal fomentam o câncer, as descobertas atuais sugerem que tais mudanças podem ser usadas para detectar lesões cancerosas e pré-cancerosas em amostras não invasivas coletadas com cotonete. Em adição, a microbiota bucal fornece sinais de que pode ser usada como biomarcador para monitorar as mudanças de campo associadas às altas taxas de câncer bucal primário e secundário e suas reincidências.

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, mais de 30.000 casos novos de câncer da cavidade bucal e faringe são diagnosticados todos os anos. A agência estima que mais de 8.000 óbitos ocorrem anualmente devido ao câncer bucal.

O estudo, intitulado “Mudanças na Abundância da Microbiota Bucal Associadas ao Câncer Bucal” (Changes in Abundance of Oral Microbiota Associated with Oral Cancer), foi publicado on-line em junho na revista PLOS ONE.

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