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Novo estudo insta o NHS a abordar as crescentes disparidades no acesso aos cuidados dentários

O acesso ao atendimento odontológico do National Health Service pode ser influenciado por uma variedade de fatores socioeconômicos e geográficos, mas novas pesquisas indicam que mesmo áreas com o maior número de clínicos odontológicos ainda são mal atendidas. (Imagem: Nigel J. Harris/Shutterstock)

qua. 14 agosto 2024

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LEEDS, Inglaterra: Um novo estudo explorando as disparidades no acesso ao atendimento odontológico do National Health Service (NHS) em diferentes bairros da Inglaterra identificou desigualdades geográficas significativas. Influenciado por fatores como privação de bairro e ambientes urbanos versus rurais, o problema de acesso ao atendimento odontológico do NHS tornou-se cada vez mais pronunciado na última década, e há relatos de pacientes lutando para encontrar dentistas locais do NHS. O estudo fornece uma estrutura robusta para avaliar e potencialmente melhorar o acesso ao atendimento odontológico em toda a Inglaterra.

Para medir a disponibilidade e acessibilidade (ou seja, proximidade), o estudo empregou dados oficiais de provisão odontológica do NHS e estatísticas populacionais. A equipe também desenvolveu um modelo especial que considera a competição de oferta e a queda da distância, que é a diminuição da probabilidade de utilização de serviços odontológicos à medida que a distância até o serviço aumenta. As principais descobertas do estudo são que tanto a disponibilidade quanto a acessibilidade dos serviços odontológicos do NHS estão geralmente abaixo do que é necessário para fornecer cuidados odontológicos básicos. Além disso, esse problema não é distribuído uniformemente, variando significativamente por localização e características do bairro.

A pesquisa descobriu que bairros com maiores níveis de privação tendem a ter acesso ligeiramente melhor a serviços odontológicos, pois essas áreas têm mais probabilidade de ter maiores pontuações de disponibilidade e acessibilidade. Em contraste, áreas rurais, apesar de terem uma maior densidade de provisão odontológica per capita, frequentemente têm baixa acessibilidade devido a maiores distâncias de viagem.

O estudo enfatiza a utilidade do modelo desenvolvido na exploração de vários cenários hipotéticos, como mudanças na demanda ou a abertura e fechamento de consultórios odontológicos. Essa abordagem pode ajudar os formuladores de políticas a identificar áreas com acesso precário e otimizar a alocação de recursos odontológicos adicionais. No entanto, o estudo também destaca desafios como efeitos de borda perto das fronteiras com a Escócia e o País de Gales, onde diferentes sistemas de assistência odontológica operam, complicando as avaliações de acessibilidade. A pesquisa solicitou intervenções direcionadas em áreas com acessibilidade precária e apontou a necessidade de planejamento estratégico na prestação de serviços odontológicos para abordar essas disparidades espaciais de forma eficaz.

O estudo, intitulado “Spatial disparities in access to NHS dentistry: A neighbourhood-level analysis in England”, foi publicado on-line em 22 de junho de 2024 no European Journal of Public Health.

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