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Dentista judeu protesta contra abreviação supostamente nazista

Um dentista alemão recentemente colocou folhetos de protesto nas janelas da Associação de Dentistas local, em Koblenz. (Imagem: MarchCattle/Shutterstock; ZWP Online)

ter. 20 janeiro 2015

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KOBLENZ/NASSAU, Alemanha: Um dentista da cidade alemã de Nassau publicou folhetos para comunicar seu descontentamento com a instituição local que representa os interesses dos dentistas na Alemanha, chamada Kassenzahnärztliche Vereinigung (KZV). Na opinião dele a Associação utiliza um termo nazista na sua abreviação. A Associação nega as alegações e afirma que o homem busca vingança pessoal contra ela.

Conforme relato do Rhein-Zeitungm, O homem de 58 anos colocou seus folhetos de protesto nas janelas do escritório local da Associação em Koblenz. Ele também planejava colocar mais folhetos na calçada. O protesto foi inicialmente aprovado pelo ministério público local, que não tinha qualquer embasamento para nega-lo, mas eventualmente ele foi impedido legalmente pela Associação.

O dentista, devoto judeu, afirma que a abreviação utilizada pela Associação, KZV, contém uma combinação de letras para “Campo de Concentração” (“Konzentrationslager” em alemão, ou KZ) e é um remanescente da Associação nazista KZVD (Kassenzahnärztliche Vereinigung Deutschlands), uma entidade de objetivo similar para dentistas fundada nos anos trinta. Nos folhetos o homem questiona o uso da abreviação “KZ” em “KZV”, mencionando que ela é proibida, por exemplo, em placas de carros, na Alemanha.

Segundo a Associação este dentista tem feito uma campanha contra ela há anos. O dentista, por sua vez, afirma que a Associação tenta arruiná-lo financeiramente, pois não paga valores devidos a ele há dois anos. Os valores deveriam ser transferidos para a conta de sua ex-mulher, que vive no exterior.

“Por trás disso está uma disputa de anos sobre o método correto de desembolso desses valores”, disse a assessora de imprensa da KZV ao Rhein-Zeitung.

O homem de 58 anos acredita que a Associação quer silenciar os críticos. Ele alega que as criticas são reprimidas devido ao antissemitismo da organização.

O comitê executivo da KZV afirmou que não entrará com outras medidas legais contra as “afirmações e insultos indefensáveis”, pois o dentista já recebeu uma deferência de insanidade em 1996.

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