DAMMAM, Arábia Saudita: O método de fabricação da prótese e o material usado são relevantes para longevidade, força e resistência ao desgaste oclusal. A tecnologia de impressão 3D trouxe muitos avanços para a fabricação de próteses totais, mas há uma falta de conhecimento sobre o comportamento mecânico dos dentes impressos em 3D. Por esse motivo, pesquisadores da Universidade Imam Abdulrahman Bin Faisal, em Dammam, avaliaram e compararam a resistência à fratura e o desgaste de várias marcas de próteses dentárias impressas em 3D com as pré-fabricadas. A equipe determinou que a maioria dos dentes impressos em 3D testados resistiu ponto a ponto contra os pré-fabricados.
Como a impressão 3D começou a oferecer opções de fabricação mais acessíveis e menos dispendiosas do que os métodos tradicionais de fresamento subtrativo, a tecnologia correspondente na digitalização 3D também permitiu que os pesquisadores superassem as limitações anteriores na comparação do desgaste dentário em diferentes tipos de material. Para este estudo, os pesquisadores avaliaram 60 dentes impressos em 3D criados com resinas da Asiga, Formlabs e NextDent.
Os dentes impressos em 3D foram criados a partir de escaneamentos e impressos nas respectivas resinas com base nas respectivas recomendações de cada fabricante. Antes do teste, cada dente impresso foi digitalizado para uma medição de linha de base. Cada espécime impresso em 3D foi submetido a 5.000 termociclos, para simular a mudança de temperatura na cavidade oral, e as amostras selecionadas para testes de desgaste sofreram 170.000 cargas cíclicas em um simulador de mastigação, representando um ano médio de uso.
Para avaliar a resistência à fratura, a equipe usou um dispositivo de teste com um penetrador de esfera de aço inoxidável em contato com cada uma das quatro cúspides de cada dente impresso em 3D com uma folha de borracha de 1,5 mm no meio para melhor distribuir a força, carregando até a falha.
A resistência ao desgaste foi medida avaliando a perda de volume. Os dentes criados com resina NextDent demonstraram a perda de volume mais significativa em comparação com outros dentes impressos e dentes pré-fabricados, enquanto os dentes Formlabs exibiram a menor. Os dentes pré-fabricados tiveram uma carga de fratura marginalmente maior do que os dentes impressos com resinas Asiga e Formlabs, mas os dentes NextDent demonstraram uma tolerância de carga muito menor do que todos os outros tipos de dentes.
A equipe atribuiu a resistência dos dentes pré-fabricados ao seu método de fabricação e ao revestimento brilhante que imita o esmalte, aumentando ainda mais a resistência ao desgaste. Eles também observaram que os dentes Formlabs provavelmente venceram em testes devido à tecnologia de processamento de luz digital usada na impressão com esta resina.
Os pesquisadores consideraram as resinas Formlabs e Asiga adequadas para uso clínico porque seus valores medidos eram comparáveis aos dos controles pré-fabricados. Eles recomendaram que o NextDent fosse mais bem avaliado. A equipe também sugeriu que o reforço de nanopartículas poderia fornecer maior resistência ao desgaste e maior resistência aos dentes de resina, da mesma forma que as resinas de base de dentaduras foram reforçadas com zircônia ou nanopartículas de sílica.
O estudo, intitulado “Strength and wear behavior of three-dimensional printed and prefabricated denture teeth: An in vitro comparative analysis” foi publicado online em 20 de janeiro de 2023 no European Journal of Dentistry , antes da inclusão em uma edição.
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