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Cuidado bucal pode reduzir risco de infecção respiratória em pacientes de UTI

Saúde bucal é frequentemente negligenciada em instalações hospitalares. (Foto: sfam_photo/Shutterstock)

qui. 1 janeiro 2015

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SÃO PAULO/SP: Bactérias que podem causar problemas de saúde relacionados às infecções comumente se originam na cavidade bucal e podem migra para os pulmões, causando sérios problemas respiratórios. Agora pesquisadores concluíram que a melhora no cuidado bucal feito por dentista pode melhorar consideravelmente o risco de infecções respiratórias do trato inferior, especialmente em pacientes vulneráveis nas unidades de tratamento intensivo (UTI).

Para avaliar se o tratamento bucal pode melhorar a sepse oral, assim prevenindo infecções respiratórias do trato inferior entre pacientes em estado critico mais efetivamente, pesquisadores da universidade de São Paulo analisaram dados de 294 pacientes adultos que passaram ao menos 48 horas em UTI.

Além da higiene bucal de rotina, metade dos pacientes do estudo recebeu melhor tratamento efetuado por cirurgiões dentistas de quarto a 5 vezes por semana, enquanto o outro grupo recebeu apenas os cuidados orais rotineiros, que inclui o uso de clorexidina como enxaguante bucal e é feito por funcionários e enfermeiros das UTIs três vezes ao dia. O tratamento melhorado incluiu escovação dos dentes, raspagem da língua, remoção de cálculos, tratamento restaurador de cáries e extração de dentes.

Em geral o tratamento bucal era considerado seguro e eficaz para a prevenção de infecções respiratórias do trato inferior. Os pesquisadores sugeriram que o tratamento feito por cirurgião dentista ajudou a prevenir 56 por cento de episódios de infecções no grupo do experimento. Além disso, as mortes relacionadas à tais infecções foi 38,1 por cento menos no grupo experimental em relação ao grupo de controle (3,9 por cento comparado com apenas 6,3 por cento).

Normalmente o cuidado bucal em UTIs ao redor do mundo é realizado por enfermeiros. No entanto, eles não têm treinamento suficiente, ou autorização legal, para tratar cáries, remover cálculos, drenar abcessos intraorais, ou realizar extrações de dentes, afirmaram os pesquisadores.

“Este estudo sugere que ter um dentista, para dar tratamento semanal, como parte da equipe da UTI, pode melhorar os resultados para pacientes vulneráveis nessas instalações.” Concluiu o autor principal da pesquisa, Dr. Fernando Bellissimo Rodrigues.

O estudo intitulado “Eficácia da intervenção de tratamento dental na prevenção de infecções respiratórias nosocomiais do trato inferior entre pacientes de unidades de tratamento intensivo: Ensaio clínico randomizado” (Effectiveness of a Dental Care Intervention in the Prevention of Lower Respiratory Tract Nosocomial Infections among Intensive Care Patients: A Randomized Clinical Trial), foi publicado na edição de novembro do jornal Infection Control and Hospital Epidemiology. Foi conduzido entre janeiro de 2013 e agosto de 2013.

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