SÃO PAULO, Brasil: Terapias derivadas de plantas estão atraindo crescente interesse na odontologia. Um estudo recente avaliou a morina, um flavonoide natural encontrado em frutas, vegetais, algumas ervas e outras plantas, quanto aos seus efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e antimicrobianos contra patógenos periodontais. Testada isoladamente e em uma formulação de polímero de liberação lenta, a morina demonstrou atividade aumentada que pode auxiliar na terapia periodontal não cirúrgica e oferecer uma alternativa aos antibióticos no tratamento de infecções periodontais.
Apesar da ampla dependência de antibióticos locais adjuvantes para o tratamento de bolsas periodontais residuais e locais de furca, seus benefícios são transitórios, e a crescente ameaça de resistência aos antibióticos está corroendo seu valor clínico. Essa dependência destaca a necessidade de explorar adjuvantes não antibióticos que possam melhorar os resultados do tratamento e a estabilidade a longo prazo no tratamento da periodontite.
Testando morin no laboratório
Buscando aproveitar suas propriedades naturais para a prevenção e o tratamento da cárie dentária e da doença periodontal, pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Araraquara da Universidade Estadual Paulista (UESP) testaram a morina usando um modelo in vitro de biofilme multiespécies que mimetizou os efeitos da periodontite no tecido gengival. A autora principal, Dra. Luciana Solera Sales, pesquisadora do Departamento de Morfologia e Clínica Médica Pediátrica da universidade, explicou em um comunicado à imprensa que a ingestão alimentar de morina por meio de frutas é insuficiente para efeitos terapêuticos.
No estudo, tanto a morina isoladamente quanto sua formulação à base de polímero reduziram significativamente os marcadores inflamatórios, diminuíram o estresse oxidativo e diminuíram a atividade de genes-chave de citocinas. Além disso, ambos reduziram a sobrevivência microbiana e a biomassa do biofilme.
Superando desafios de entrega
Embora promissores, compostos naturais como a morina enfrentam desafios na aplicação oral devido à baixa solubilidade em água e à rápida eliminação pela saliva. Para solucionar esse problema, a Dra. Sales desenvolveu e testou sistemas de administração oral de morina em diversas formas durante sua pesquisa de doutorado, criando um pó fino semelhante ao leite em pó que pode ser incorporado a diversos produtos de higiene bucal. "Preparei uma solução contendo alginato de sódio e goma gelana para encapsular a morina em um sistema de liberação controlada, que já é amplamente utilizado para medicamentos, mas ainda não é amplamente utilizado na odontologia", comentou a Dra. Sales.
“Essa liberação controlada também nos ajuda a controlar a toxicidade e a estabilidade da substância”, explicou a coautora Dra. Fernanda Lourenção Brighenti, também pesquisadora do departamento. Ela também enfatizou o valor potencial dessa formulação à base de polímero para pessoas com habilidades motoras limitadas, como idosos ou pacientes com necessidades especiais, que frequentemente enfrentam dificuldades no controle da placa.
Rumo à aplicação clínica
Ao testar a morina para tratamento periodontal, os pesquisadores buscaram criar uma alternativa que evitasse os efeitos colaterais dos produtos adjuvantes existentes, como alteração do paladar, aumento da formação de cálculo e manchas nos dentes. Os primeiros resultados são promissores não apenas para reduzir o crescimento do biofilme, mas também para evitar a descoloração dos dentes.
“Observamos a olho nu que o biofilme in vitro tratado com morina em laboratório é menos manchado do que quando tratado em sua forma livre. Portanto, é possível que haja uma vantagem: esse sistema ajuda a prevenir a descoloração dos dentes. Também precisamos testar, por exemplo, se a morina mantém o equilíbrio da cavidade oral, pois não queremos eliminar todas as bactérias da boca dos pacientes”, concluiu o Dr. Brighenti.
O estudo, intitulado “Anti-inflammatory, antioxidant, and antimicrobial evaluation of morin”, foi publicado on-line na edição de outubro de 2025 do Archives of Oral Biology.
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