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SYDNEY, Austrália: Na Austrália, os praticantes de modificação corporal estão autorizados a fornecer serviços de tatuagem e piercing, desde que sejam devidamente licenciados. A remoção de terceiros molares, no entanto, permanece estritamente no domínio dos dentistas. Na semana passada, um tribunal de Sydney foi informado de que Brendan Leigh Russell, um modificador corporal e tatuador, planejava remover os terceiros molares de um cliente depois de assistir a uma série de vídeos no YouTube sobre o assunto e só cedeu quando um colega o aconselhou contra isso.
Russell está atualmente em julgamento no Tribunal Distrital de New South Wales, onde se declarou inocente das acusações de homicídio culposo, causando intencionalmente lesões corporais graves e mutilação genital relacionada a três procedimentos realizados em mulheres diferentes entre 2015 e 2017. Em 20 de setembro, uma declaração do barbeiro Lawrence O'Neil - que trabalhava no estúdio de tatuagem e modificação corporal de Russell na época - foi lida. De acordo com o The Guardian , a declaração descreveu como, quando O'Neil perguntou a Russell quais eram seus planos, Russell respondeu: “Estou fazendo odontologia”.
“Uma garota pediu para arrancar os dentes. Fiquei acordado a noite toda assistindo no YouTube, aprendendo a fazer isso ”, acrescentou Russell, de acordo com o testemunho de O'Neil. O'Neil então dissuadiu Russell de conduzir o procedimento sobre a “jovem nervosa”, o tribunal ouviu.
O'Neil negou a sugestão de Russell de que ele havia concordado apenas em "verificar" seus terceiros molares "inflamados".
“Acho que as palavras 'check-up' e 'examiná-los' precisam ser alteradas para 'remoção'”, disse ele ao tribunal durante o interrogatório do advogado de Russell.
A acusação de homicídio culposo que Russell enfrenta se refere a um cliente que morreu de septicemia após supostamente implantar um floco de neve de silicone sob a pele de sua mão. Procedimentos de implante subdérmico como esses existem em uma espécie de zona cinzenta legal na Austrália, uma vez que não são tecnicamente ilegais, mas geralmente não são cobertos pelos regulamentos existentes que regem o fornecimento de tatuagens e piercings corporais.
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