Nossa entrevistada da semana, Prof. Dra. Marília Gerhardt de Oliveira, é Especialista em CTBMF pela PUC-RS, Mestre e Doutora em Odontologia, CTBMF Plantonista do HCR-GHC do Ministério da Saúde, Pesquisadora por Produtividade do CNPq, Professora Titular da PUC-RS e Titular da cadeira 77 da AcBO.
Quem o influenciou para fazer Odontologia?
Desde criança, vivenciei o dia a dia da clínica odontológica do meu pai, Jayme José de Oliveira, graduado na PUCRS.
Onde fez a faculdade e quais suas lembranças desse tempo?
Na Faculdade de Odontologia da UFRGS, entre 1978 e 1981, quando o prédio era mantido muito limpo, próximo ao RU onde almoçava e do Planetário onde freqüentava sessões científicas em companhia de meus pais e tias, com aulas a partir das 7:30h, de 2ª. a sábado e a área de Ciências básicas no magnífico prédio do Biociências próximo ao Parque da Redenção de Porto Alegre.
Como e onde foi seu início na profissão?
Em Novo Hamburgo, por 2 meses, junto ao consultório de meu pai. Logo a seguir, passei a cursar PG e segui em frente, exclusivamente em CTBMF.
Lembra quem foi seu primeiro paciente?
Na Faculdade, uma comerciante da Cidade Baixa de Porto Alegre.
Qual foi o caso que lembra como mais difícil?
Um empresário com neoplasia maligna que optou por mim como a profissional responsável, contra a vontade da família. Fui sua CD e amiga até o final.
E um que tenha sido o mais gratificante?
O de uma criança com fratura de articulação mandibular que tratei conservadoramente (oclusão + fisioterapia) com muito sucesso enquanto colegas divergiram (e o declararam aos meus residentes) por indicarem FIR. A paciente, após 2 anos, continua em controle comigo, não apresenta deformidade, nem anquilose e iniciará Ortodontia no próximo ano.
Lembra de algum caso pirotesco acontecido no consultório?
Uma paciente idosa de religião muçulmana que vinha sempre acompanhada pelo filho mais velho. Foi uma relação (e um aprendizado) de respeito cultural recíproco muito gratificante.
Quais foram os seus maiores ou melhores momentos?
A Formatura de Graduação, mesmo sem a presença do Reitor e do Diretor da Faculdade. Valeu muito pela postura elevada e exemplar de nosso Paraninfo, o Prof. Dr. Icléo Faria e Souza, de inesquecível passagem pelas nossas vidas.
Tem algum parente Cirurgião Dentista?
Meu pai e um primo-irmão de minha mãe.
Quem é seu maior ídolo na Odontologia?
São dois: Prof. Dr. Clóvis Marzola e Profa. Dra. Edela Puricelli.
Quem são os seus grandes amigos na profissão?
Minha colega de turma, Profa. Dra. Sônia Medina Coeli dos Santos e minha colega de PUCRS, Profa. Dra. Ingeburg Hellwig.
E quem fez mais pela classe nestes anos todos?
No RS, meu colega de turma, Cléo Getúlio Saldanha do Sindicato dos Odontologistas.
Qual seu livro ou autor preferido na profissão?
Andreasen – Trauma Dental.
Qual a revista odontológica que mais gosta de ler?
LIMS – especializada em Lasers.
Quais entidades a que pertence ou participa?
IADR – internacional, Colégio Brasileiro de CTBMF – nacional e ABORS – local.
Como está vendo o presente momento na Odontologia?
Difícil. Há que atentarmos para os tênues limites entre a terapêutica (principalmente estética) e o mercantilismo.
Qual caminho vê como mais indicado para a profissão?
Considero fundamental a opção por uma Odontologia com real inserção em equipes multiprofissionais de atendimento de saúde, ao invés do isolacionismo a que se submete a maioria dos profissionais (como um viés de sua formação acadêmica, inclusive).
A que atribui o seu sucesso profissional?
A ter acreditado que é necessário desenvolver três competências: científica (a teoria como base da formação BIO); técnica (continuada e agregando novas tecnologias); e ética (opção de vir a ser - individual, intransferível e impostergável).
Quem o ajudou no crescimento profissional?
Prof. Dr. Icléo Faria e Souza e Prof. Dr. Raphael Onorino Carlos Loro.
Sente ter se realizado profissionalmente?
Sou muito ciente do que já construí, inovando muito e sempre (e o quanto isto me tornou uma pessoa que não gerou neutralidade nas avaliações alheias); continuo ativa e criativa; minhas amizades, nas mais diversas áreas da Saúde e da Academia foram construídas em bases sólidas, com veracidade e transparência nas relações, desde o início. Esta é a condição essencial e o foco que não pode ser perdido para não incorrermos em mero carreirismo.
Como espera ser o futuro da profissão?
Melhor, se nos abrirmos às mudanças face às necessidades das comunidades para as quais trabalhamos e onde vivemos com reais expectativas de melhor qualidade de vida.
Deixe uma sugestão ou mensagem para os mais novos.
Estudem de verdade, desde o início e não esperem uma estrada pronta; tenham orgulho próximo-futuro de terem muitos modelos profissionais mas, fundamentalmente, de terem construído sua própria trajetória com eticidade de conduta. Não é o caminho mais fácil, mas certamente é o mais rico, em todos os aspectos, profissionais e pessoais.
A palavra é sua para suas considerações finais.
Sou uma CD, especialista em CTBMF que tem o privilégio de pesquisar, ensinar e atender pacientes. Que mais posso querer de minha vida profissional?
Os que militam na cirurgia, bem sabem da postura da nossa homenageada. Sua carreira pautada pela dedicação à pesquisa, ensino e ética é um exemplo a ser seguido. Os que foram seus alunos, tem sempre um comentário especial à professora, a quem invariavelmente admiram. Parabéns!
* Professor e especialista internacional em gestão, marketing e administração do consultório com mais de 20 livros publicados. Seu mais recente trabalho é uma importante trilogia composta por títulos "Marketing de clínicas ou consultórios", "Gestão de clínicas ou consultórios" y "Sucesso de clínicas ou consultórios". Contacte-lo em: ribeiro@odontex.com.br
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