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Pesquisa para iluminar a resistência da flora oral aos antissépticos

Como a flora oral desenvolve resistência contra desinfetantes orais será o foco principal de um projeto de pesquisa financiado pelo DFG, German Research Foundation. (Imagem: Loucha Reengchay / Shutterstock)

Dental Tribune International

ter. 28 janeiro 2020

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FREIBURG / REGENSBURG, Alemanha: Nas últimas duas décadas, a resistência aos antibióticos foi investigada muitas vezes e tem sido objeto de debate público. No entanto, a resistência aos antissépticos, desinfetantes de ação local, recebeu menos atenção. Agora, pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Freiburg e do Hospital Universitário Regensburg estão investigando como essa resistência se desenvolve para o patógeno da cárie Streptococcus mutans e como isso também pode levar à resistência a antibióticos.

Nos próximos três anos, os pesquisadores receberão um financiamento conjunto de € 664.000 da Deutsche Forschungsgemeinschaft (DFG, Fundação Alemã de Pesquisa). Usando espécies bacterianas selecionadas e amostras de pacientes, os pesquisadores investigarão como os microrganismos da flora oral mudam quando tratados com clorexidina.

"Nosso objetivo é entender o desenvolvimento da resistência das bactérias orais à clorexidina, tanto no nível do genoma quanto no que diz respeito às mudanças no metabolismo das bactérias", disse o professor Ali al-Ahmad, chefe do grupo de pesquisa do Departamento. de Odontologia Operatória e Periodontologia no Medical Center - University of Freiburg. Ele liderará o projeto em colaboração com o Dr. Fabian Cieplik, médico sênior do Departamento de Odontologia Operatória e Periodontologia do Hospital Universitário de Regensburg. "Uma das perguntas do projeto é se os enxaguantes bucais à base de clorexidina disponíveis gratuitamente também podem contribuir para o desenvolvimento de resistências", disse Cieplik.

Se a resistência à clorexidina está associada à resistência aos antibióticos - uma resistência cruzada - será investigada pelos dois grupos de pesquisa com a ajuda de diferentes métodos. "No futuro, poderemos decidir especificamente quando um antisséptico de amplo espectro deve ser usado e quando drogas alternativas são suficientes", explicou al-Ahmad.

Além disso, será utilizado um teste genético especial, a análise shotgun metagenômica. Com este método, será examinado se a composição de toda a flora bucal bacteriana dos pacientes, que precisam usar a clorexidina por um longo período de tempo devido a um procedimento cirúrgico oral, sofrerá alterações sob a influência do antisséptico.