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Amamentação prolongada pode aumentar o risco de cáries em dentes primários

A Organização Mundial de Saúde estima que somente 38% dos bebês do mundo, de 0 a 6 meses, são alimentados exclusivamente com o leite materno. (Foto: jfk image/Shutterstock)

qui. 20 março 2014

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PORTO ALEGRE/RS: Um estudo apresentou evidências de que a amamentação após o surgimento dos dentes da criança pode aumentar o risco de cáries. Cáries na infância têm sido identificadas como um problema de saúde pública que está principalmente associado ao alto consumo de líquidos açucarados, bebidas e alimentos, como sucos e refrigerantes.

Com o intuito de estabelecer uma associação entre a amamentação e as cáries severas na infância, os pesquisadores examinaram a saúde bucal de 715 crianças de baixa renda em Porto Alegre.

Eles descobriram que a prevalência de cáries foi maior nas crianças que foram amamentadas até os 24 meses ou mais, comparado aos bebês amamentados até os 12 meses ou menos. Em adição, eles observaram que a alta frequência na amamentação aumentou a associação entre a longa duração da amamentação e cáries.

A amamentação exclusiva até os 6 meses de idade é recomendada pela Organização Mundial de Saúde. Entretanto, a organização também recomenda a continuação da amamentação com alimentos complementares até os 2 anos de idade, principalmente porque o leite materno é considerado uma fonte fundamental de energia e nutrientes. A recomendação é mantida, ainda que vários estudos de caso tenham associado a amamentação prolongada e noturna às cáries infantis.

O estudo, intitulado “A Associação da Amamentação de Longa Duração e as Cáries Dentárias Estimada com Modelos de Estrutura Marginal”, foi publicado on-line, em 19 de fevereiro, na revista Annals of Epidemiology. Foi conduzido por cientistas da Universidade da Califórnia, São Francisco, em colaboração com a Universidade Luterana do Brasil e Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.

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